Executivos das montadoras do Brasil se reuniram nesta quarta-feira, em Madri, com representantes das fabricantes européias e iniciaram as discussões para um acordo bilateral que possibilite a ampliação do comércio de veículos entre os países do Mercosul e a União Européia. As bases do acordo, sem data definida para ser concluído devem incluir a redução de impostos e provavelmente cotas iniciais para importação e exportação de carros.
Diretores da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) voltam a se reunir amanhã com a direção da Acea – entidade similar representativa das montadoras da Europa. Eles aproveitam a Reunião de Cúpula América Latina, Caribe e União Européia para preparar um projeto com as propostas da iniciativa privada para o futuro acordo.
O Brasil tem interesse especial no acerto pois a balança comercial com a UE no setor automobilístico é deficitária. No ano passado, as empresas importaram o equivalente a US$ 2,3 bilhões em automóveis, componentes e máquinas agrícolas e exportaram US$ 1 bilhão. Os carros nacionais entram nos países europeus – cujo mercado é de cerca de 14 milhões de unidades ano – pagando 6,5% de alíquota de importação, enquanto o encargo para os modelos europeus no País é de 35%. (O Estado de S.Paulo)