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Mercados: Após ata do Copom, PIB americano deve chamar a atenção

Depois de uma quinta-feira tensa com os mercados brasileiros repercutindo negativamente a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), os agentes financeiros devem dar mais atenção aos dados que vêm do exterior. O conteúdo do relatório do Banco Central deve seguir influenciando os negócios domésticos, mas o investidores também voltam-se às informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.

Hoje será divulgada a segunda estimativa para o desempenho da maior economia do mundo no segundo trimestre de 2004. No cálculo divulgado em 30 de julho, o PIB norte-americano mostrou um crescimento a uma taxa anual de 3% entre abril e junho. A estimativa de alguns analistas é de que a variação deste resultado fique em torno de 2,7%. Para o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco, o déficit comercial acima do esperado em junho deve ser o responsável pela revisão para baixo.

Também dos Estados Unidos, será divulgado o indicador de Confiança do Consumidor de agosto, apurado pela Universidade de Michigan. Em julho, o índice ficou em 96,7. Vale lembrar que o estudo é distribuído apenas para assinantes e chega ao conhecimento do público por meio de fontes do mercado.

No quadro local, o BC divulga os dados de necessidade de financiamento e dívida líquida do setor público de junho e apresenta nota à imprensa sobre a política fiscal de julho.

Os preços do petróleo, embora tenham recuado pelo quinto pregão consecutivo, continuam sob os holofotes, uma vez que os preços se mantêm num patamar ainda alto. O movimento da commodity tem andado descolado do comportamento dos mercados brasileiros, mas ontem o BC mostrou na ata da última reunião do Copom que o petróleo configura a principal pressão inflacionária para o país e isso deve fazer com que os investidores passem a acompanhar mais as variações do produto.