A venda de energia elétrica cogerada pela biomassa da cana-de-açúcar no mercado spot segue um desafio para as usinas.
Na média, o megawatt-hora (MWh) vale R$ 136,94, ou arredondados R$ 137, conforme o indicador Preço da Liquidação das Diferenças (PLD), empregado no mercado livre.
O valor do PLD, que vale até a próxima sexta-feira (21/08), é 64,7% inferior aos R$ 388,48, que são o teto do indicador previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e que foi praticado até meados de maio desse ano.
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A queda do PLD de maio para cá reflete as chuvas registradas, que ampliaram as águas dos reservatórios das hidrelétricas, e também a redução no consumo de energia elétrica, por conta da crise econômica do país.
Conforme a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que administra o PLD, os R$ 137 médios do MWh em vigência estão 6% acima dos R$ 129,52 praticados na cotação anterior. O PLD é renovado uma vez por semana.
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A alta de 6% do indicador do MWh no spot refletem, por sua vez, a estiagem que já afeta os reservatórios das hidrelétricas que compõem o Sistema Integrado Nacional (SIN).
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Segundo a CCEE, as afluências estimadas para a terceira semana de agosto estão em 84% da média histórica, uma redução em torno de 2.200 MWmédios em relação à segunda semana, quando a previsão era de 91%.
Esta redução é esperada em todos os submercados e foi o principal responsável pela elevação do PLD. Os quatro submercados são Sudeste-Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste.