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Mercado se volta para o carvão

Enquanto o governo brasileiro fica postergando a definição de uma política que garanta a utilização do carvão mineral com tecnologias limpas, o insumo ganha força mundial diante da instabilidade política de nações que detêm 60% do gás natural do mundo, especialmente a Rússia e países da Ásia. A prova de que o carvão ganhou força está na divulgação pela GE, Siemens e Alstom que 40% dos pedidos de turbinas de eletricidade na próxima década serão para usinas a carvão. As que utilzarão gás natural representarão 25% a 30% do total.

Quem trabalha de forma incansável para que o carvão tenha a atenção devida é o sindicato das indústrias do setor em SC, o Siecesc, tendo à frente o diretor executivo, Fernando Zancan. Um dos seus compromissos, em fevereiro, é participar de encontro mundial sobre gás natural, no Qatar, onde pretende conversar com italianos sobre a tecnologia da gaseificação de carvão. E quem pesquisa a gaseificação, já de forma avançada, é a Cecrisa Revestimentos Cerâmicos, de Criciúma, em busca de uma alternativa mais barata do que o gás natural.

A inclusão de duas novas usinas térmicas a carvão, no último leilão de energia, também trouxe mais ânimo ao setor, que quer poder explorar mais as reservas baseadas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. SC conta com o projeto da Usitesc, uma térmica para o Sul do Estado que está dependendo da aprovação dos projetos ambientais.