Além dos preços dos arrendamentos serem mais altos nas regiões Tradicionais de produção de cana do Centro-Sul, outro fator que chama atenção é que em comparação com a região de Expansão, a rentabilidade da atividade canavieira na região Tradicional sofre significativa penalização. Essa é a conclusão da pesquisa “Custos de produção de cana-de-açúcar, açúcar e etanol no Brasil: Acompanhamento da safra 2010/2011 – Centro-Sul”, da Pecege – Esalq/Usp.
Os custos são mais altos nas áreas Tradicionais, prova disso é que as usinas dessas regiões contaram com custos de produção de R$ 51,72/tonelada, com preço do Consecana a R$ 53,44/ton e com preço ponderado de R$ 52,32/ton. Em áreas de Expansão, as unidades tiveram custos de R$ 45,65/ton, preço do Consecana foi de R$ 53,38/ton e R$ 47,33/ton de preço ponderado.
Os dados referentes a safra 2010/2011 comprovam que o Custo Total ou de produção de cana-de-açúcar da região Tradicional do Centro-Sul, tanto para Fornecedores quanto para Usinas, foram de R$ 4.909,15/ha e R$ 4.369,04/ha, respectivamente. Na área de Expansão, os custos por ha chegaram a R$ 4.198,52 para fornecedores e R$ 3.732,63 para usinas.
A pesquisa revela ainda que com relação à parte agrícola das usinas, nota-se que em todo o Centro-Sul foi possível cobrir os custos da cana-de-açúcar dado o preço projetado, mas a competitividade agrícola quanto a do açúcar e do etanol, consequentemente, são prejudicados na
região Tradicional em detrimento do preço das terras.