Em visita à militância petista na região, o senador Aloizio Mercadante apontou o setor sucroalcooleiro como uma das soluções para a matriz energética do país, ao lado da expansão da exploração de gás natural.
Senador e economista, ele avalia que o setor energético é o principal desafio ao desenvolvimento do país, junto a logística. A queima do bagaço da safra de cana prevista para este ano, de 475 milhões de toneladas, pode ser significativa, defende.
Mais que Itaipu
“Gera uma oferta de energia superior a 8 milhões de megawatts, maior do que [a geração da hidrelétrica de] Itaipu. É a melhor resposta para essa travessia do deserto”, afirma.
Ele considera o primeiro leilão de bioenergia, em abril, um passo inicial para aquecer esse mercado. Mas diz que o governo federal precisa ampliar a linha de transmissão, especialmente no Centro-Oeste.
“O empresariado tem que romper a tradição de produzir energia para consumo próprio e gerar mais para vender. Hoje, só 10% das usinas comercializam a energia”. Mercadante não quis comentar a definição do candidato do PT à Prefeitura de Ribeirão Preto, nas eleições de outubro. Limitou-se a dizer que será cabo eleitoral nos municípios em que o PT lançar um nome.
Por enquanto, o diretório municipal divulga como pré-candidatos os nomes do ex-prefeito Gilberto Maggione, do ex-vereador José Carlos Sobral e do ex-secretário de governo de Antonio Palocci, Feres Sabino.
São Paulo
Mas ao confirmar o nome de Marta Suplicy, para o pleito em São Paulo, deixou claro a aproximação com o PMDB, partido que o PT excluiu da chapa, em 2004. Naquela eleição, José Serra (PSDB) levou a melhor sobre Marta, que buscava a reeleição.
“A diferença nas urnas foi muito pequena e o PMDB tinha experiência política que poderia ter contribuído para a vitória”, afirmou o senador. “O partido amadureceu.Essa experiência ajuda o partido a buscar um palanque mais amplo”, completou Mercadante.