O comportamento do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) nesta semana revela que o governo federal já convive com luz amarela no setor de geração de energia elétrica.
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Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela gestão do PLD, o valor ficou no teto de R$ 388,48 nos submercados Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste, mas caiu em 69% no patamar de carga pesado e 43% nos patamares de carga médio e leve, atingindo o valor médio de R$ 108,95/MWh, número 49% menor em relação à semana anterior.
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A queda do PLD no Norte é explicada pela redução prevista de afluência, necessária para a gestão das hidrelétricas da região, com impacto negativo em torno de R$ 50,00/MWh no cálculo do PLD.
Se a redução de água nos reservatórios da região Norte já é motivo de preocupação neste início de outono, e de menos chuvas, como deverá ficar a situação nas próximas semanas?
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Por ora, o governo, por meio de instituições e órgãos públicos como a CCEE, administra a situação com remanejamentos.
Os excedentes hidráulicos do Norte, por exemplo, continuam a ser enviados para o Sudeste/Centro-Oeste e o Nordeste até os limites máximos das capacidades de intercâmbio de energia entre as regiões, ocasionando diferença entre os custos desses submercados.
Mas a queda das afluências previstas para o período impacta diretamente os níveis de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas, que ficaram abaixo das previsões iniciais em todos os submercados – uma redução de 1.800 MWmédios.