O movimento de fusões e aquisições no setor sucroalcooleiro deverá reduzir seu ritmo em 2009. As apostas eram de que a crise financeira pela qual passam as usinas deveria intensificar o movimento de concentração no setor. No entanto, poucos negócios foram realizados nos últimos meses.
De acordo com levantamento da consultoria KPMG, apenas uma operação foi realizada neste sentido no primeiro trimestre deste ano. No ano passado, foram registradas 14 operações, contra 25 em 2007. Em 2006, foram feitos nove negócios de fusões e aquisições.
Extremente pulverizdo, o setor sucroalcooleiro deverá se concentrar fortemente nos próximos anos. Com a crise financeira, parte das usinas deverá ser incorporada por outras maiores. Fundos de investimentos também poderão se unir ao setor. Os ativos das usinas, que estavam valorizados nos últimos anos, deverão ficar mais baratos, o que poderá estimular os negócios.
O grande negócio realizado neste primeiro trimestre foi a incorporação da companhia Nova América pelo grupo Cosan, em março. No início de maio, o grupo francês Louis Dreyfus anunciou que vai incorporar a Santelisa Vale, de Sertãozinho (SP). Esta operação deverá ser registrada nas estatísticas da KPMG no segundo trimestre.
Foi a partir de 2003 que o movimento de fusões e aquisições neste segmento começou a ficar mais aquecido. O mercado internacional para o álcool ficou mais concreto e os grupos internacionais voltaram-se para o Brasil.