Mercado

Mecanismo de Consultas Informais é constituído

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Carlos Gutierrez, assinaram ontem uma carta de intenção para constituir o Mecanismo de Consultas Informais entre os dois países.

Furlan informou que o mecanismo contará com quatro grupos de trabalho, que vão abordar os seguintes temas: cooperação entre o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e o National Institute of Standards and Technology (Nist, órgão de padronização dos Estados Unidos), facilitação de negócios, promoção de exportações e investimentos e cooperação entre o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e o United States Patent and Tradmark Office (USP–TO, órgão norte-americano de marcas e patentes). Os grupos, que se reuniram pela primeira vez ontem na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio, devem voltar a se encontrar em setembro, nos Estados Unidos. Segundo Gutierrez, na próxima reunião, serão apresentadas “metas agressivas”, após um prazo de 60 dias para elaborá-las, tendo em vista o comércio bilateral.

Furlan e Gutierrez disseram que a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) não foi discutida na reunião. O secretário norte-americano ressaltou, porém, que acredita no futuro das Américas. Para ele, o continente pode e deve competir com qualquer região do mundo.

Gutierrez seguiu do Rio para Brasília. Ainda pela manhã de ontem, participou de evento na Abrace, ONG que assiste crianças com câncer. Em seguida, reuniu-se com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. À tarde, Gutierrez teve reunião no Itamaraty com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. O secretário de Comércio dos EUA ainda foi recebido pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, antes de viajar à São Paulo.

Bicombustíveis

Furlan informou que um dos grupos estudará padrões para a área de biocombustíveis. “Brasil e Estados Unidos são os países que têm maior produção e uso do biocombustível, e combinamos que as duas instituições – Inmetro e Nist – vão trabalhar para estabelecer padrões nessa área onde há um potencial imenso, inclusive na área de avaliação de emissões”, disse.