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Maurílio Biagi Filho critica pacote de incentivo ao etanol

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Durante a abertura da 20ª edição da Agrishow – Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, em Ribeirão Preto (SP), o presidente do evento, Maurílio Biagi Filho, aproveitou a presença de diversas autoridades governamentais para criticar os atuais incentivos do Governo Federal para a produção de etanol no país.

Segundo o representante, o aumento no percentual de etanol na gasolina não pode ser considerado incentivo. “O aumento da mistura de 20% para 25% de etanol na gasolina é visto como uma maravilha. Só não disseram que antes a quantidade era essa e ela foi reduzida. Isso é uma vergonha, uma burrice do governo não ficar incentivando a produção de etanol para evitar esse déficit de 8 milhões de dólares para a Petrobras no primeiro trimestre”, disse.

Além do aumento, o governo vai liberar uma linha de crédito no valor de R$ 4 bilhões dentro do programa ProRenova com de 5,5% ao ano, ao invés dos 9,5 anteriores. Para a estocagem de etanol, a linha de crédito é de R$ 2 bilhões. Os juros também diminuíram de 8,7% para 7,7% ao ano. “Só pega financiamento quem não precisa. As usinas menores, que precisariam desses financiamentos, acabam perdendo na concorrência com grandes empresas”, apontou.

Para ele, mesmo com todos os problemas, há um ponto importante nas medidas anunciadas. “O único incentivo do pacote foi a redução tributária. A desoneração fiscal é o único ganho real desse pacote, de R$ 0,12 por litro de etanol produzido”, lembrando que os impostos PIS/Cofins foram zerados.