O fato do estado do Mato Grosso ter 132 mil ha de cana, ou 60% do total cultivado, em seu quarto ano de produção, e uma média de produtividade de 48 toneladas por ha no quinto corte, preocupa Jorge dos Santos, diretor executivo do Sindalcool/MT – Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso. Isso acontece porque em breve esses canaviais necessitarão de renovação. “Se considerarmos que o quinto ano de produção é o último ano que a produtividade é rentável, a situação é preocupante, já que em mais uma safra ou duas estão atingindo seu limite de produtividade. Por isso é preciso substituir boa parte desses canaviais, mas isso não é barato”, lembra ele.
Por isso, o Sindalcool aguarda com ansiedade a aprovação por parte do governo federal da criação de uma linha de crédito específica para a renovação de canaviais. A crise financeira mundial de 2008 e 2009 e a estiagem de 2010, provocaram uma certa descapitalização no setor sucroenergético que impediu inclusive, em muitos casos, de realizar os tratos culturais e até mesmo a renovação necessária. “Se conseguirmos a linha de crédito que estamos pleiteando e as condições climáticas forem favoráveis, possivelmente poderemos incrementar o plantio em mais 10 mil ha”, frisa.