As margens da distribuição e da revenda e os impostos equivalem a metade do preço do óleo diesel.
A afirmação é de Décio Oddone, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em entrevista ao jornal Valor Econômico.
E a outra metade da composição do preço do diesel?
Segundo o diretor da ANP, a outra metade do preço do diesel refere-se ao valor do petróleo, matéria-prima do combustível.
As atuais discussões sobre o preço do diesel, ampliadas na sexta-feira (12/04) com o recuo da Petrobras no reajuste de 5% que tinha concedido na véspera, devem ser reavaliadas.
Como devem ser feitas essas reavaliações?
Essas reavaliações, conforme disse o executivo na entrevista, precisam focar na política de preços da Petrobras porque “a atual discussão sobre reajuste do diesel evidencia apenas uma parte do problema, pois a commodity representa cerca de 50% do preço.”
É preciso maior competição entre distribuidoras
Funcionário por 30 anos da Petrobras, e no comando da ANP desde o fim de 2016, Oddone critica, na entrevista ao Valor, a falta de melhor transparência sobre a política de preços de combustíveis adotada pela Petrobras.
Por que falta melhor transparência?
A estatal promove reajustes conforme a variação dos preços internacionais do petróleo.
Oddone concorda que “a única maneira de reduzir preço de combustível de forma estrutural no Brasil é seguir a paridade de importação.”
Ele afirma, no entanto, ser favorável a uma maior competição no segmento de distribuição e de revenda de combustíveis.