O bom desempenho do setor de agronegócios também beneficiou a indústria automotiva. Nos dois primeiros meses do ano, foram produzidas 4.950 máquinas agrícolas, um aumento de 21,5% em relação ao mesmo período de 2003.
Parte desta produção foi direcionada para o mercado internacional, para onde foram vendidos US$ 263,384 milhões em tratores, cultivadores, colhetadeiras e retroescavadeiras.
“A boa movimentação do mercado internacional de soja alavancou a produção brasileira de máquinas agrícolas, que ganhou novos mercados”, disse o presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Ricardo Carvalho.
Com esse desempenho, as máquinas agrícolas representaram 28% dos US$ 940,032 bilhões exportados no primeiro bimestre de 2004.
No mesmo período do ano passado, as máquinas agrícolas correspondiam a 19,2% das exportações automotivas.
“Caminhamos bem em fevereiro nas exportações. Deveremos revisar para cima nossas projeções para exportações nos próximos meses”, disse Carvalho referindo-se ao montante vendido para o mercado externo, que foi 31,5% superior às exportações de fevereiro de 2003. No acumulado do ano, a alta é de 52,9%.
Segundo ele, a indústria automotiva deve exportar em 2004 o equivalente a US$ 6 bilhões. Se a estimativa for confirmada, o montante baterá o recorde histórico do setor alcançado em 2003, com a venda de US$ 5,5 bilhões para o mercado internacional.
Movimento atípico
A elevação das exportações de máquinas agrícolas é considerada atípica para o setor. É que os dois primeiros meses do ano são bons para a venda de máquinas agrícolas no mercado interno.
Segundo o vice-presidente da Anfavea, Persio Luiz Pastre, a elevação da produção de máquinas agrícolas nesse período foi puxada pela demanda do mercado externo.
Os maiores importadores de máquinas agrícolas brasileiras são a Argentina e Estados Unidos.