Uma das pioneiras da produção de açúcar e álcool no corredor alternativo ao estado de São Paulo, formado por Maranhão e Tocantins, a Maity Bioenergia SA planeja um investimento que pode chegar a R$ 2,5 bilhões para estes estados. A cifra é uma estimativa da empresa. O dinheiro será usado no plantio de cana e na construção de cinco unidades integradas de açúcar e álcool – três no Tocantins e duas no Maranhão.
Embora já tenha definido os locais das unidades, as quais ainda prefira deixar em segredo, a Maity passa hoje pela formatação destes investimentos. Nesse ponto, Tocantins e Maranhão disputam, via facilidades fiscais e programas de biocombustíveis, a vinda dos futuros parceiros da Maity.
“Hoje estamos na fase de apresentação do projeto a possível investidores e parceiros, e mostramos a eles também as facilidades apresentadas por cada estado”, disse um dos diretor da Maity Bioenergia, José Eduardo Pontes.
Os projetos industriais, que prevêem investimentos para os próximos cinco anos, trarão o que já é usado de mais moderno nas lavouras de cana, como a irrigação com energia elétrica usada do bagaço da cana e tecnologia de plantio que permita uma produção de até 85 toneladas por hectare.
Os estados, por sua vez, já começaram a corrida para preparar o terreno e atrair, além da Maity, outros investidores aos projetos. O Tocantins, onde ainda não há este tipo de indústria nem de lavoura, deu o pontapé inicial em maio último com a formatação de seu programa de desenvolvimento.
Ele teve como resultado a assinatura de um protocolo de intenções entre a empresa e o governo estadual.
Cada uma das três unidades no estado terá capacidade para moagem de 2,4 milhões de toneladas de cana por ano-safra e uma ocupação de 90 mil hectares de áreas produtivas.
O estado deve conceder incentivos fiscais pelo programa Pró-indústria, que reduz ou isenta o ICMS na comercialização da produção, na compra de maquinário e de energia.
O Maranhão, onde a Maity já possui um complexo agroindustrial, anunciou na segunda-feira o Programa Maranhense de Biocombustíveis.
Os estados, além de criar plataforma para receber tecnologia para biocombustíveis, acenam com incentivos fiscais e auxílio de infra-estrutura para a construção das unidades.