Sem incentivos fiscais para o etanol, a iniciativa governamental agora é aumentar gradativamente a gasolina. Segundo fontes do setor, esse aumento já deveria ter acontecido há anos atrás, já que o preço do combustível está defasado em relação ao mercado. Em seu discurso nessa segunda (25/6), a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, reforçou a necessidade de reajuste do combustível fóssil à médio prazo para a Petrobras conseguir realizar os o Plano de Negócios 2012/2016, que prevê investimentos de US$ 236,5 bilhões. Esse plano porém, contabiliza pouco investimento no etanol. Graça Foster afirmou que o plano da estatal para os próximos quatro anos contempla poucos projetos novos para o combustível verde porque há poucas oportunidades efetivas de investimento na área.
Segundo ela, o plano aprovado pelo Conselho de Administração da Petrobras pressupõe paridade de preços internacionais. Nesta segunda, a gasolina foi reajustada em 7,83% e o óleo diesel aumentou em 3,94%, sem efeito nas postos, mas ainda não elimina totalmente a defasagem dos preços praticados no Brasil em relação ao mercado internacional.
Foster diz que os investimentos serão realizados com uma série de fatores além dos preços dos combustíveis, mas também contando com a redução de custos de extração, o preço do petróleo, os atrasos nas obras. “O tempo todo, nós não passamos a volatilidade ao consumidor, e vamos continuar não passando. Agora, vamos estar sempre que necessário, pelo menos uma vez por mês, mostrando ao nosso controlador, a nossa condição de dar continuidade aos nossos projetos”.
A executiva afirmou ainda que as metas de produção da Petrobras estão mais realistas.O preço da gasolina o óleo diesel ficaram respectivamente 7,83% e 3,94% nas refinarias nesta segunda-feira, mas os aumentos não serão repassados ao consumidor porque o governo zerou a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), tributo cobrado sobre combustíveis.