Mais de 300 usinas passíveis de “retrofit” estão localizadas no principal centro de demanda de eletricidade do país, a região Centro-Sul. Juntas, segundo a Unica, elas poderiam produzir energia limpa, renovável e altamente complementar para a eletricidade fornecida por hidrelétricas, pois a bioeletricidade é ofertada no período de seca, justamente quando ocorre a colheita da cana-de-açúcar e os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão mais baixos. Os “retrofits” são reformas e elevados investimentos por MW instalado para ampliar a geração de energia elétrica na empresa.
Dados da Unica demonstram que das 440 usinas sucroenergéticas em atividade no Brasil, apenas 100 exportam bioeletricidade para o sistema elétrico. Para o Leilão de Energia de Reserva (LER 2010), a fonte “biomassa sucroenergética” apresentou 55 projetos que totalizam uma potência instalada de 3.518 MW, e ao contrário do que ocorreu em 2008, a maioria dos projetos cadastrados agora envolve as “retrofits”, que normalmente exigem investimentos.
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A questionar os valores dos preços praticados nos leilões de bioenergia, o presidente da Unica, Marcos Jank, lembra que o primeiro LER foi realizado em um período de elevados investimentos em novas unidades, as chamadas “greenfields” quando se contava com uma linha de financiamento oficial e específica para a bioeletricidade, algo que não está disponível agora. Além disso, segundo Jank falta isonomia entre as diferentes fontes nas condições de preço e financiamentos oferecidas pelo governo.
