Por tradição, o Brasil tem cota livre de imposto de importação de 146,6 mil toneladas de açúcar enviada aos EUA.
Essa cota é anual e remetida por 39 empresas sucroenergéticas da região Nordeste.
Está na ‘mesa de discussões’ com o governo de Donald Trump proposta do governo brasileiro de ampliar essa ‘em troca’ da redução da taxa de importação do etanol dos EUA.
É assim: hoje essa taxa é de 18%, enquanto os Estados Unidos recolhem 2,5% para importar o biocombustível brasileiro.
Vale destacar que o etanol feito no Brasil emite menos gases de efeito estufa (GEEs) ante o concorrente americano e, por isso, o biocombustível é comprado por distribuidoras americanas.
Mais cota de açúcar? Como assim?
Relata a Folha de S. Paulo: ministros e técnicos de Lula tiveram na semana passada conversas com os principais auxiliares de Trump na área comercial.
O principal objetivo do Brasil é tentar evitar a imposição de tarifas prometidas pelo republicano em produtos como aço, alumínio e etanol.
Para aceitar maior abertura para o etanol americano, o governo Lula quer colocar sobre a mesa de negociações o açúcar exportado para os EUA.
Os EUA têm uma cota de 146,6 mil toneladas de açúcar brasileiro isenta de imposto de importação. Acima disso, o que entra no mercado americano é taxado em 80%.
No ano passado, o Brasil vendeu 1,12 milhão de toneladas de açúcar aos EUA —de um total global exportado de 38,2 milhões de toneladas.
Por sua vez, o jornal Valor destaca: há alguns anos, o governo tenta ampliar essa quantidade para algo em torno de 300 mil e 400 mil toneladas, mas enfrenta resistências.
Não há confirmação se o pedido foimantido nesse patamar.
Em 2024, as exportações brasileiras para os EUA somaram 876,7 mil toneladas de açúcar e quase US$ 440 milhões, detalha a publicação.