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Mais barato que o etanol de cana, o feito de milho reduz o preço do biocombustível no geral

Valdir Raupp (centro) presidiu reunião da CRA: especialistas nos setores de biocombustíveis e do agronegócio destacaram vantagens do etanol de milho para gerar renda e reduzir preço dos combustíveis (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)
Valdir Raupp (centro) presidiu reunião da CRA: especialistas nos setores de biocombustíveis e do agronegócio destacaram vantagens do etanol de milho para gerar renda e reduzir preço dos combustíveis (Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Com custo de fabricação mais barata em relação ao etanol de cana-de-açúcar, o feito de milho deverá reduzir o preço do biocombustível nos postos.

A avaliação é de Marlon Leal, representante do Ministério de Minas e Energia (MME), durante sua participação em debate da Comissão de Agricultura (CRA) do Senado na quarta-feira (28/11).

Durante o evento, Leal apresentou estudos da pasta que demonstram que o crescimento do setor de etanol acaba trazendo para baixo no preço dos combustíveis em geral, por ser um produto mais barato.

Segundo ele, os dados do MME baseiam-se em levantamentos feitos no estado de São Paulo.

“Desde 2006 o etanol é mais barato, esse é um dado já consolidado”, disse Leal em conteúdo da Agência Senado. “Portanto quanto mais se oferta e se usa dele, maior é seu impacto na cesta de combustíveis.”

Pelas suas contas, só em 2018 o consumidor paulista economizou R$ 1,7 bilhão em combustíveis, comparado com o que gastaria caso não se ofertasse etanol. Desde 2006, a economia já chega a R$ 28 bilhões´, detalhou, segundo a Agência Senado.

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O representante do MME destacou o avanço do etanol de milho. Conforme a Agência Senado, Leal alertou que o mercado de etanol proveniente da cana está estagnado nos últimos anos, o que torna “muito bem-vindos” os recentes investimentos no etanol de milho.

Leal também confirmou que o governo conta com o incremento da produção de etanol de milho para diminuir a dependência da gasolina importada, que corresponde a 10% do consumo nacional.

Por isso, segundo ele, o programa RenovaBio, política nacional para o setor de biocombustíveis, continuará sendo uma prioridade.

“Se não fosse o RenovaBio, hoje 30% do nosso consumo seria de gasolina importada. E não priorizamos nenhum biocombustível: quem tiver mais competitividade vai encontrar seu espaço”, afirmou.