Os preços do açúcar no mercado internacional estão em alta, sustentados pelo aumento da demanda. O comportamento de produtores brasileiros contribui para elevar as cotações. O mercado trabalha com a expectativa de que haverá o mesmo volume de açúcar brasileiro para exportação nesta safra, ante a safra passada, mesmo com o aumento da demanda internacional, informa o consultor Plínio Nastari.
Países exportadores como Austrália, China, Tailândia e Cuba enfrentam problemas com clima e deverão reduzir a oferta. Esta alta de preços é um sinal de que os países consumidores estão utilizando seus estoques estratégicos, diz. A Organização Internacional do Açúcar (OIA) divulgou que o estoque mundial de açúcar deve diminuir de 63,3 milhões de toneladas para 61,1 milhões de toneladas. Nastari acredita que os preços internacionais do açúcar, que estão atualmente em torno de 9 cents a librapeso, podem subir até o nível de 10,50 cents a 11 cents no curto e médio prazos.
Já em relação ao álcool combustível, Nastari acredita que os preços devem permanecer sustentados, mas não deverão ultrapassar o R$ 1 por litro. Para atender à maior demanda por álcool combustível no mercado interno, o processamento da safra está mais acelerado no Centro-Sul.
Dados da Unica mostram que, desde o início da safra, em abril, até o dia 1º deste mês, o processamento da cana ultrapassou em 29,05% o registrado na safra passada com a colheita de 107,4 milhões de toneladas.
No período, a produção de açúcar está 27,25% maior, enquanto a produção de álcool teve aumento de 40%.