Açúcar e etanol

Lula destaca prioridade da energia verde para o mercado interno

Presidente reafirma compromisso com emprego e desenvolvimento sustentável durante inauguração da planta de E2G da Raízen

Lula destaca prioridade da energia verde para o mercado interno

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que a energia verde produzida no Brasil será prioritariamente destinada ao mercado interno, visando gerar empregos, renda e riqueza para a população. A declaração foi feita na sexta-feira (24), durante inauguração da planta de etanol 2G do Parque de Bioenergia Bonfim, da Raízen, em Guariba – SP. Lula enfatizou que o Brasil é incomparável em políticas voltadas para combustíveis renováveis e energia limpa.

“É preciso que o mundo compreenda que este país não é um país pequeno. É um país grande, com boa base intelectual e pesquisadores com capacidade extraordinária de fazer qualquer coisa que outros países fazem. Mas eles têm de entender que a gente não vai ficar produzindo hidrogênio verde só para exportar para eles”, destacou o presidente.

Durante sua visita à planta de produção de etanol de segunda geração, Lula ressaltou a importância de atrair investimentos para dentro do Brasil. “Se quiserem, que venham utilizar energia verde aqui, trazendo emprego e desenvolvimento para cá. Que venham produzir as máquinas deles aqui. Não adianta querer produzir aço verde na China ou na Alemanha. Venham produzir aqui”, acrescentou.

A nova unidade de produção de etanol de segunda geração é considerada a maior do mundo, com investimentos de R$ 1,2 bilhão e potencial para produzir 82 milhões de litros de etanol por ano. A planta emprega 230 dos mais de 2,5 mil funcionários do parque.

Etanol de Segunda Geração

O etanol de segunda geração se destaca por utilizar o bagaço da cana-de-açúcar, subproduto da produção de açúcar e etanol comum, combinado com outros resíduos como palha. Este processo pode aumentar a produção em até 50% sem expandir a área plantada e reduzir em até 30% as emissões de gases de efeito estufa.

Cerca de 70% dos equipamentos para o processo de transformação do E2G são produzidos no Brasil. A pegada de carbono é 80% menor que a gasolina comum.

“O mundo vai ter de entender que o Brasil é o país que mais pode ofertar (energia verde) e que, em termos de política de combustível renovável e de energia limpa, ninguém consegue competir com o Brasil”, afirmou Lula. “Aqui em Guariba, vejo que aquele monte de bagaço de cana é capaz de produzir um combustível extraordinário que custa, no mercado exterior, o dobro do que custa o etanol. Eu fico me perguntando: o que este país está esperando para ofertar isso ao mundo?”, completou o presidente.

Pluralidade Energética

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, também expressou otimismo em relação ao futuro energético do Brasil. “Como não ser otimista, podendo participar desse momento da história, nessas áreas estratégicas, onde o Brasil lidera por suas peculiaridades e pelas suas potencialidades naturais?”, disse Silveira. Ele lembrou que o país lidera a transição energética global, com 88% de sua energia gerada a partir de fontes limpas e renováveis, e que possui 11% de toda a água doce do planeta, clima tropical e terra fértil.

“A grande força do Brasil é sua pluralidade energética. Temos de combater a desigualdade com essa pluralidade. É fundamental transformarmos isso em emprego e renda de qualidade, em combate à desigualdade e em oportunidades. Vamos fazer isso industrializando o Brasil”, destacou Silveira.

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