“Não tenho Plano Lula, Palocci (Antonio, ministro da Fazenda), Rigotto (Germano, governador do RS) ou Tarso (Genro, ministro do Desenvolvimento Social). O que existe é o cumprimento com seriedade do tratamento da coisa pública”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sua opinião, o Brasil, por anos, se habituou a conviver com a inflação e diferentes governos tentaram resolver a questão, “inventando planos de afogadilho”, que acabaram por não resolver o problema.
A declaração foi feita pelo presidente em discurso de saudação ao presidente mundial da General Motors Corporation (GMC), Richard Wagoner, que compareceu sexta-feira ao Palácio do Planalto acompanhado do governador gaúcho Germano Rigotto, do ministro Tarso Genro e de senadores e deputados do Rio Grande do Sul.
Para o presidente Lula, o investimento de US$ 240 milhões que a General Motors do Brasil (GM) vai realizar, este ano, na ampliação de sua fábrica em Gravataí (RS), demonstra o acerto da multinacional em acreditar no Brasil.
Esse acerto em investir no Brasil, disse o presidente da República, não é reflexo apenas do mercado potencial brasileiro, mas também devido a mão-de-obra altamente qualificada existente no País. “É uma garantia extraordinária para uma indústria do porte da GM, que quer também exportar qualidade e garantia”, disse.
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Crescimento sustentado
Segundo Lula, a decisão da GM, que demandou dez meses de negociações, também é uma demonstração de que a indústria acredita que o País entrou em fase de crescimento sustentado.
O presidente da República recordou que durante suas viagens internacionais, procura sempre convencer os empresários brasileiros a buscar novos mercados e, simultaneamente, convidar as multinacionais a “experimentarem” o Brasil.
Lula destacou ainda, durante o pronunciamento, que o atual governo é a primeira experiência no País de levar estabilidade à economia sem a invenção de um novo plano econômico. Depois da audiência com Lula, o presidente mundial da General Motors Corporation (GMC), Richard Wagoner, afiançou que o investimento na unidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul, “é um sinal de confiança da empresa no futuro do Brasil e também de que a economia brasileira vai começar a crescer”.
