Apesar da perspectiva favorável para o mercado nacional de álcool, ainda existem dificuldades na infra-estrutura que afetam o desempenho do setor. A precária situação da logística é um dos entraves. “A logística de ferrovias é um pouco diferente da que existia há 50 anos”, diz José Nilton de Souza, coordenador geral de açúcar e álcool do Departamento da Cana-de-Açúcar e Agroenergia (DCAA) do MAPA, ao exemplificar as dificuldades inerentes à infra-estrutura nacional.
Além da defasagem do sistema ferroviário, as condições precárias das rodovias e as hidrovias pouco exploradas desfavorecem o potencial dos produtos agrícolas brasileiros. “Os custos com logística são altos. Em média, chegam a US$ 45 o metro cúbico, o que equivale de 20% a 25% do valor do negócio”, informa o diretor técnico da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), Antônio de Pádua Rodrigues.
Um dos fatores que pode reverter esse quadro é o interesse da China e do Japão no produto nacional, além das preocupações desses investidores com as questões referentes ao transporte de álcool. A prioridade do Brasil é melhorar as condições de logística. Neste mês, desembarcou no País a primeira missão chinesa para conhecer o processo de produção e distribuição do etanol brasileiro.