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Livro retrata o alcance e a viabilidade do biocombustível

Mateus Henrique Rocha, de Santa Rosa de Viterbo, região de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, a 310 km de São Paulo, foi coautor do livro intitulado “Biocombustíveis”, lançado em julho pela editora Interciência do Rio de Janeiro. Ele é responsável por seis capítulos do livro.

Os professores Electo Eduardo Silva Lora e Osvaldo José Venturini, do Instituto de Engenharia Mecânica (IEM) da Universidade Federal de Itajubá foram os coordenadores do livro e fazem parte do Núcleo de Excelência em Geração Termelétrica e Distribuída (Nest), que é um dos grupos de pesquisa da Unifei, que desenvolve trabalhos de pesquisas e desenvolvimento e cursos de extensão nos mais variados campos relacionados à conversão de energia, cuja principal característica é o vínculo com o setor produtivo.

Especialistas de 7 países

O livro “Biocombustíveis” foi publicado em julho de 2012. A obra possui 1.560 páginas, 16 capítulos, e contou a colaboração de 38 coautores especialistas de 7 países diferentes (Brasil, Colômbia, Chile, Panamá, Cuba, França e Espanha), que têm diferentes visões sobre o alcance e os limites dos biocombustíveis, com a finalidade de proporcionar ao leitor um panorama amplo e heterogêneo sobre o tema.

Segundo Mateus, o objetivo da publicação é ampliar os pontos a serem debatidos a respeito das questões envolvendo os biocombustíveis. O livro é voltado para o grande público, especialmente estudantes de graduação e pós-graduação, consultores, empresários e técnicos da área, profissionais liberais, engenheiros, economistas, administradores e pessoas interessadas em entender o assunto. Segundo ele, a intenção do livro “é abordar de forma holística o tema biocombustíveis”. O livro contou com o apoio financeiro do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e do Centro de Pesquisa da Cana-de-açúcar da Colômbia (Cenicaña). Outra importante contribuição do livro foi a inclusão dos resultados obtidos nas pesquisas realizadas durante os 15 anos de existência do grupo de pesquisa Nest da Unifei.

Problemas ambientais

O primeiro capítulo é dedicado a introdução dos fundamentos, evolução da produção e problemas socioambientais dos biocombustíveis (meio ambiente e segurança alimentar). Dos capítulos 2 até o 8 são apresentados os principais processos de conversão das matérias vegetais em biocombustíveis, nas formas líquida (álcool, biodiesel, etc.) e gasosa (biogás, gás de síntese, etc.). Os capítulos 9, 10 e 11 são dedicados as aplicações dos biocombustíveis em motores e turbinas. Os capítulos 12 até o 16 abordam assuntos ligados aos biocombustíveis, tais como: tratamento dos resíduos da produção (vinhaça e glicerina), geração conjunta de eletricidade e vapor nas usinas, impactos ambientais da produção dos biocombustíveis, novas tecnologias e tendências futuras que serão empregadas.

Vai acabar

Os combustíveis fósseis, tais como, petróleo, carvão mineral, gás natural e todos os seus derivados representam aproximadamente 60% do consumo de energia do mundo. São esses combustíveis que permitem a existência de meios de transportes rápidos e eficientes, roupas, plásticos, medicamentos, tintas, e outros.

“Os combustíveis fósseis vão durar mais algumas décadas, mas suas reservas são finitas e não renováveis. No futuro a segurança de abastecimento dos países será complicada, gerando o aprofundamento das tensões e conflitos entre as nações. Além disso, o uso de combustíveis fósseis é associado a impactos ambientais graves, e principal fonte dos gases que provocam mudanças climáticas e o aquecimento do planeta”, frisa Mateus.