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Litígios na OMC devem crescer sem acordo de Doha, diz Amorim

O número de disputas comerciais encaminhadas à Organização Mundial do Comércio (OMC) pelos países-membros deve aumentar após o fracasso da Rodada de Doha, disse nesta segunda-feira o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim.

Ele informou, no entanto, que não estava ciente se o governo brasileiro pretendia ingressar com alguma nova reclamação no órgão em breve.

O Brasil já venceu duas grandes disputas na OMC recentemente, uma contra a União Européia relacionada a subsídios para o açúcar e outra contra os Estados Unidos sobre apoio doméstico a produtores de algodão.

O ministro sugeriu que os Estados Unidos foram os maiores responsáveis pelo fracasso da rodada, apesar de não ter mencionado especificamente o nome do país.

– Eu não vou cair na tentação de buscar os culpados… mas eu tenho que reconher que a área que mais emperrou as negociações foi a de apoios domésticos – disse Amorim a jornalistas.

A questão dos subsídios empregados à produção rural era o ponto principal defendido pelos Estados Unidos e objeto de crítica de vários países.

O ministro disse que a agricultura foi o tema que efetivamente impediu que as negociações para um novo acordo comercial progredissem.