Depois da campanha orquestrada no exterior, principalmente pelos Estados Unidos, os produtores brasileiros esboçam uma reação para este ano. Estão com um campanha internacional para mostrar que o nosso biocombustível não é um “bicho-papão”.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) quer mostrar que a produção do etanol a partir da cana não agride o meio ambiente. O produto, explica o diretor-executivo da Unica, Eduardo Leão de Souza, tem grande absorção de dióxido de carbono (CO2) e equilibra a relação desse gás com o oxigênio. “Isso desmonta a teoria de que ao expandir a região de plantio de cana estamos aumentando a liberação de CO2”.
O balanço energético do etanol brasileiro foi outro indicador ressaltado pelo diretor-executivo como ponto de equilíbrio entre a produção agrícola e a preservação do meio ambiente. Segundo estatísticas da Unica, o biocombustível fabricado a partir de cana-de-açúcar tem um balanço 4,5 vezes maior do que o oriundo da beterraba e do trigo. Na comparação com o etanol de milho, bastante popular nos Estados Unidos, o produto brasileiro tem balanço ainda mais expressivo: sete vezes maior.
A Unica trabalha com a perspectiva de que a bioeletricidade seja uma das principais fontes energéticas do País em médio prazo. Souza acredita que, já em 2015, a bioenergia suprirá 15% da demanda de energia elétrica no Brasil. “Essa força seria o equivalente a 1,5 Itaipu, apenas gerada a partir do bagaço da cana-de-açúcar”.