O indicador para a venda da energia elétrica cogerada pela biomassa no mercado spot vale 11% esta semana. Até sexta-feira (27/11), o Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) vale R$ 199,57 o megawatt-hora (MWh) no submercado Sudeste/Centro-Oeste. Há uma semana, valia R$ 188,81/MWh.
A alta do PLD ocorreu também nos três outros submercados avaliados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). No submercado Sul, o preço do PLD nessa semana sofreu subiu 2%, sendo fixado em R$ 192,96/MWh. Já nos submercados Nordeste e Norte, o aumento foi de 18% com o PLD fixado em R$ 323,15/MWh.
Mas por que o PLD subiu?
As afluências previstas para novembro foram elevadas de 103% para 110% da Média de Longo Termo (MLT) com os índices da região Sudeste chegando a 100% da média.
No Sul, a expectativa para as ENAs também foi revista de 186% para 214% da MLT. Os índices para os submercados Norte e Nordeste, por sua vez, foram reduzidos para 45% e 16%, respectivamente.
A permanência de frentes frias e observação de altas afluências no Sul, aliada à maximização de sua geração hidráulica, fez com que o envio de energia para o Sudeste atingisse seu limite de intercâmbio, provocando o descolamento entre os preços desses submercados.
A diferença entre o PLD do Nordeste e Norte com os demais também ocorreu devido ao recebimento de energia pelo Sudeste ter atingido o limite de intercâmbio.
Os níveis de armazenamento nos reservatórios do SIN ficaram 900 MWmédios acima do previsto com elevação observada no Sudeste (+810 MWmédios), Nordeste (+160 MWmédios) e Norte (+30 MWmédios). Apenas no submercado Sul (-100 MWmédios) foi observada redução.
Previsão
A previsão de carga para a próxima semana no SIN foi elevada em 90 MWmédios, em relação à semana anterior, com aumento mais expressivo registrado no Nordeste (+390 MWmédios), seguido pelo Norte (+50 MWmédios). Houve queda de 350 MWmédios na carga prevista para o Sul, enquanto a revisão permaneceu inalterada no Sudeste.
O fator de ajuste do MRE para novembro foi revisto de 92,1% para 93,5%, elevação esperada em decorrência do aumento da carga prevista e consequente aumento da geração hidráulica. Os ESS são esperados em R$ 591 milhões, sendo R$ 534 milhões referentes à segurança energética.