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Líderes empresariais da América do Sul apóiam Alca

Dos 250 líderes empresariais(CEOs) da América Latina, consultados pela consultoria PricewaterhouseCoopers, para a primeira Pesquisa de Líderes Executivos da América do Sul, 83% afirmaram que a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) é um processo positivo para a maioria dos países da região e indutor de novas oportunidades de negócios.

O resultado surpreendeu o co-autor do relatório final da pesquisa, Roberto Teixeira da Costa, Presidente do Conselho de Empresários da América Latina-CEAL. Ele vem acompanhando o processo da Alca desde seu início e manifestou que, do ponto-de-vista dos empresários, que são favoráveis, as manifestações têm sido muito tímidas, ao contrário do que ocorre com os empresários que reagem à idéia. Daí sua surpresa ao verificar que uma maioria entende que a Alca poderia trazer benefícios ao continente do sul. “No caso do Brasil especificamente, acho que eles não têm conseguido fazer chegar sua voz às autoridades que estão trabalhando no assunto”, opinou.

A maioria dos líderes empresariais acredita que a integração regional elevaria os ganhos em escala para os países por meio do acesso a importantes mercados, aumentando, por outro lado, suas condições de competitividade. Do mesmo modo que a maior parte dos CEOs prioriza a importância da integração regional, a adoção de uma moeda única foi considerada desnecessária pelos pesquisados.

Roberto Teixeira da Costa lembrou que a moeda única da União Européia, o Euro, apareceu muito depois da criação do mercado comum. Quase 20 anos se passaram, destacou. Na avaliação do especialista, trata-se de uma questão de gradualismo. “É preciso primeiro unificar, buscar uma convergência de políticas, buscar estatísticas confiáveis, regras de comportamento que sejam padronizadas para então estar em condições de pensar numa moeda única”. Uma moeda única, sem uma série de requisitos, estaria fadada ao fracasso, previu Teixeira da Costa. (Fonte: Agência Brasil)