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Liderança anuncia tímido crescimento da safra em 2012

Apesar de não anunciarem nenhum número significativo de moagem e produção no Centro-Sul, especialistas arriscam um palpite para o ciclo 2012. No geral, eles acreditam no aumento de produção mas sem muitas mudanças no cenário atual.

Oswaldo Alonso, consultor agronômico da Canaoeste, acredita no aumento de produção em torno de 4% a 5%. “A produtividade deverá, proporcionalmente, ser ligeiramente superior ao da produção, em função de menor área de colheita, como resultante de maior percentual de renovação que as observadas nas últimas safras. As áreas de expansão, relativamente às reformas, serão concentradas aos ajustes das capacidades instaladas das novas unidades produtoras”, lembra.

Marcos Landell, pesquisador e diretor do Centro de Cana do IAC, acredita que a produtividade/ciclo poderá ser superior este ano em todos os cortes, por causa das chuvas importantes que a região teve em final de setembro até metade de novembro.

Para o professor de planejamento e estratégia na FEA/USP Campus Ribeirão Preto e coordenador científico do Markestrat, Marcos Fava Neves, a safra deve ser 5% maior e mais remuneradora. “Se o setor conseguisse fazer uma safra mais alcooleira e já divulgar logo esta estratégia conseguirá arbitrar mais os preços do açúcar para aumentarem e desviar mais cana para etanol, que remunera bem”.

Para o deputado Arnaldo Jardim, a safra não vai mudar muito em relação a 2011. Ele diz que o governo não se dá conta da situação que vive o setor, por isso o impacto na economia será muito maior do que o previsto. “Se o país não ampliar a oferta de etanol teremos que importar gasolina”, afirma.

Promete ainda lutar em 2012, por questões significativas relativas a aprovação da MP 532 e que foram vetadas pela presidente como: a garantia de participação da bioeletricidade na matriz energética nacional; mudanças nas alíquotas da Cide de forma a assegurar a competitividade do etanol em relação a gasolina; e no regime de dutos ou futuros “etanoldutos” quando manteve a obrigatoriedade de estarem atrelados ao regime de concessões.