A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) habilitou 106 usinas, com potência de 16.022 megawatts (MW), para os leilões de energia nova programados para a próxima segunda-feira.
Na avaliação de Maurício Tolmasquim, presidente da EPE, estatal responsável pela realização dos leilões, o grande número de usinas habilitadas demonstra o interesse dos empreendedores em investir no setor elétrico brasileiro.
Segundo ele, serão realizados leilões nas duas modalidades, os chamados A-3 (com três anos para a construção e com início de fornecimento em 2010) e o A-3 (com cinco anos de construção e fornecimento em 2012).
Dos 106 empreendimentos habilitados pela EPE, 50 foram autorizados para participar dos dois leilões, somando 8.834,16 MW de potência instalada. Outros 41 empreendimentos (3.243,93 MW) receberam habilitação apenas para o leilão de três anos, enquanto 15 outros projetos (3.944,40 MW) habilitaram-se somente para o leilão de cinco anos.
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Os dois leilões serão dominados pelas térmicas, incluindo as movidas a óleo diesel e óleo combustível. Apenas sete hidrelétricas participarão dos dois leilões, com potência de 2.734 MW, cerca de um quinto do total. A maior participação será de usinas movidas a óleo combustível, especialmente nos leilões de 3 anos.
Ao todo, foram habilitadas 31 usinas movidas a óleo combustível, com potência de 3.253 MW, o que representa 26,93% do total. Há ainda 3 usinas movidas a gás natural, com potência de 2.032 MW (16,82%) e outros três empreendimentos bicombustíveis (gás natural ou óleo diesel), com potência de 1.977 MW (16,37%). Há um empreendimento de carvão mineral, com potência de 350 MW.
As fontes alternativas terão participação pequena no leilão de três anos: 18 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), com potência de 294 MW. As usinas de biomassa somam 21, com potência de 673 MW, enquanto as 7 eólicas têm potência nominal de 765 MW. Também no leilão de cinco anos a participação das hidrelétricas ficou abaixo da previsão.
