
Um total de três empresas se inscreveram para o leilão da usina Revati, da Renuka do Brasil, em recuperação judicial, marcado para 4 de setembro, cujas inscrições terminaram na quinta-feira, disse à Reuters nesta sexta-feira uma fonte com conhecimento do assunto.
A Cofco do Brasil, Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) e Interface Brasil Securitizadora foram os grupos que manifestaram à Justiça interesse em participar do leilão da Usina Revati, declarou a fonte, na condição de anonimato.
A primeira, da gigante chinesa Cofco e com quatro usinas do país, e a segunda, com duas unidades no Triângulo Mineiro, já haviam informado a intenção de participar do pregão na semana passada, conforme revelou a Reuters.
Já a Interface Brasil Securitizadora se manifestou na quinta-feira, último dia para os interessados submeterem seus documentos à Justiça.
Não foi possível contatar a Interface.
Se a venda for bem-sucedida, será o terceiro negócio de usinas de cana por meio de leilões judiciais em menos de um ano, conforme players com melhor estrutura de capital buscam ativos de rivais endividados. A Glencore comprou a usina Guararapes em novembro do grupo Unialco. A Raízen Energia, uma joint venture entre a Cosan e a Royal Dutch Shell, fez em junho a aquisição de duas usinas da Tonon Bioenergia, por 823 milhões de reais.
A venda da usina da Renuka, localizada em Brejo Alegre (SP)e com capacidade instalada para moer 4 milhões de toneladas decana-de-açúcar por safra, faz parte do processo de recuperação judicial da empresa, aprovado em maio pelos credores.
Com dívida de aproximadamente 2,7 bilhões de reais, a Renuka do Brasil está em recuperação judicial desde outubro de 2015. A Renuka do Brasil é subsidiária da indiana Shree Renuka Sugars, que iniciou investimentos no país em 2010 e foi atingida juntamente com o restante do setor por baixos preços do açúcar e pelo controle de preços de combustíveis que vigorou em governos anteriores.
No ano passado, os credores chegaram a aprovar um plano que previa a venda da outra usina da empresa, a Madhu, em Promissão (SP). A unidade foi a leilão em dezembro por 700 milhões de reais, mas não atraiu interessados.
Fonte: Reuters