
Outro gargalo do setor sucroenergético citado pela maioria dos representantes é o valor da terra. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Valor Bruto da Produção (VBP) das principais lavouras brasileiras deve atingir R$ 270,36 bilhões este ano, alta de 9,8% sobre o resultado de 2012, quando atingiu R$ 246,2 bilhões.
De acordo com as estimativas da AGE – Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa) para março, a maior parte dos produtos analisados deve apresentar elevação de valores. Destaque para as culturas de arroz, com alta de 7,5%; banana, 6,5%; batata-inglesa, 28,5%; cana-de-açúcar, 9,5%; feijão, 17%; fumo, 14,4%; laranja, 24,4%; mandioca, 1,3%; milho, 12,8%; soja, 21,8%; tomate, 42,7%, e trigo, 8,6%.
Os dados regionais mostram como a diversidade da agricultura pode trazer maior estabilidade da renda nas diversas regiões. Os valores da produção para a maioria dos estados são superiores aos do ano passado. Isso se deve ao bom desempenho de culturas como milho, soja e feijão, além de laranja, banana, batata inglesa e fumo. A recuperação da cana-de-açúcar também teve efeitos favoráveis, especialmente em São Paulo. O VBP na região Sul deve crescer 27,2%, enquanto no Nordeste a projeção é de 16%. Alta prevista também no Sudeste (13%), no Centro Oeste (4%) e no Norte (1,7%).