Pascal Lamy assumiu ontem o posto de novo chefe da Organização Mundial do Comércio (OMC) prometendo reenergizar as negociações antes da decisiva reunião de cúpula global que será realizada em Hong Cong daqui a três meses. Mas enquanto perto de 150 países concordaram que Lamy era a melhor pessoa a liderar a organização, negociadores chave dizem que nem mesmo ele será capaz de quebrar o impasse que paralisou as conversações referentes a um novo pacto global. “Há muito trabalho diante de nós depois do que ocorreu e deixou de ocorrer”, disse Lamy na sede da OMC, em Genebra.
“Hong Cong, obviamente, é e continuará sendo a prioridade nº 1”, disse. Tanto Lamy quanto os negociadores concordam que as conversações têm de avançar, depois da reunião de julho em Genebra, onde os negociadores perderam o prazo para um acordo-quadro.
Os ministros esperam que em dezembro poderão elaborar um novo pacto de comércio global em Hong Cong que cortará os subsídios e reduzirá as tarifas, com ênfase na liberalização dos mercados agrícolas para os países mais pobres. Muitos expressaram preocupações quanto às perspectivas para a reunião de Hong Cong depois que o fracasso de julho deixou pouco tempo para Lamy e os 148 membros da OMC negociarem uma minuta detalhada antes do final do ano.