Mercado

Lamartine Navarro Jr foi um dos mentores do Proálcool

Ao lado de nomes como Cícero Junqueira Franco, Renato Rezende Barbosa, Orlando Chesini Ometto, Maurílio Biabi, Eduardo Sabino de Oliveira, Severo Gomes e Aureliano Chaves, o empresário Lamartine Navarro Júnior abandonou uma brilhante carreira no Grupo Ultra (Cia Ultragás), onde foi vice-presidente, para investir sua vida num projeto audacioso e que hoje merece atenção dos olhos do mundo. Nada menos do que o Proálcool, onde integrou no início dos anos 70 o grupo de trabalho “Fotossíntese como Fonte Energética”, semente do surgimento do programa que integrou o álcool à matriz energética brasileira.

Ao se envolver com o assunto, se desligou do Grupo Ultra e iniciou o projeto Destilaria Alcídia. Enquanto vivo, defendeu em todas as esferas a continuidade a ampliação do Proálcool. Em discurso feito no dia 16 de fevereiro de 2.001, quando foi homenageado na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pela importância na implementação do setor sucroalcooleiro, não escondei que “enfrentei os céticos, os acomodados, os vendilhões do interesse nacional….todos, agentes do retrocesso, preferiram ignorar a contribuição que o álcool poderia dar para o Balanço de Pagamentos (R$ 40 bilhões em 20 anos), a preservação de nossas reservas de petróleo, a geração de empregos (1,2 milhão no País), a geração interna de renda (US$ 12 bilhões anualmente) e a preservação do meio ambiente e da saúde pública”.

Considerado um dos pais do Proálcool, Lamartine Navarro Júnior já antevia os dias atuais quando afirmava que “o álcool continua sendo provavelmente o único produto industrial que o Brasil pode estar genuinamente globalizando”. E fazia questão de frisar que “considero inaceitável a falta de uma política energética que induza os agentes econômicos ao atingimento das metas que mais interessam ao País…é ridículo permitirmos que a indústria automobilística determine, a seu critério, o mix de produção de veículos, alegando o atendimento da demanda…agricultura e a agroindústria precisam ser urgentemente valorizada…delas sairão a solução definitiva para o desenvolvimento sustentado…”