Laboratórios garantem qualidade ao setor no Nordeste

O gerente agrícola da Usina Sinimbu, instalada em Cansanção de Sinimbu (AL), Fernando Lyra, faz questão de apresentar um dos resultados da política de investimentos que fazem o diferencial da unidade produtora de açúcar e álcool. Nos últimos anos um destaque muito especial vem sendo registrado no nível de qualidade da matéria-prima, sendo considera a melhor de Alagoas, com 138 Kg de ART, tendo como principais variedades a SP 79-1011 (26,7 %), SP 81-3250 (22,37%), SP 71-6949 (15,52%) e RB 83-102 (6,66%) e outra novas variedades.

Muito disso, assim como nas demais usinas e destilarias do Nordeste, os investimentos em pessoal e equipamentos dos laboratórios têm interferido nos resultados dos índices de produtividade industrial e agrícola. Para o diretor da Central Analítica, de Maceió (AL), Celso Caldas, “o resultado maior desses investimentos é estar inserido nos melhores mercados de açúcar e álcool, e podemos dizer que os resultados estão na certeza da qualidade da matéria prima”. Ele acrescenta ainda que são visíveis os benefícios para as áreas agrícolas que conseguem enxergar melhores variedades de cana, sendo necessário para tanto quantificar as perdas de todo o processo industrial, e ainda reunir informações de condução dos processos produtivos, permitindo ajustá-los para melhores performances e, finalmente, no conhecimento dos produtos comercializados.

Para o diretor da Analítica, por muitos anos os laboratórios das fábricas de açúcar e álcool do Brasil foram vistos como setores onerosos e menos importantes dentro dessas empresas. “A cruel concorrência nos mercados desses produtos, intensificada com a globalização, obrigou as empresas a colocarem como prioridade à qualidade de seus produtos, chegando, então, a hora e a vez dos laboratórios serem priorizados, porque não existe nenhum outro setor que possa atestar a qualidade dos produtos fabricados a não ser os laboratórios de controle de qualidade”, explica Celso Caldas.