A pesquisa “Caminhos da Tecnologia no Agronegócio” feita em parceria pela KPMG em parceira com a SAE BRASIL apontou que apenas 16% dos entrevistados têm internet de alta qualidade na propriedade toda e podem usufruir de todos os benefícios das novas tecnologias no campo. Outros 24% o recebem com apenas qualidade somente na sede da fazenda e 27% estão conectados, mas com sinal ruim.
A iniciativa inédita buscou capturar e analisar os estímulos que levam os produtores rurais a investir em novas tecnologias, as tendências tecnológicas que estão sendo trabalhadas pelos fabricantes, a visão sobre sustentabilidade e a transição enérgica na cadeia do agronegócio.
Os dados indicaram ainda que quase todas as atividades da fazenda utilizam algum tipo de tecnologia para melhorar o desempenho no campo, sendo o GPS o instrumento mais utilizado por 91% dos entrevistados. Já os aplicativos de gestão financeira ficaram em segundo, com 85%; em terceiro, empatados com 76%, ficaram imagens de satélite e aplicativos de gestão agronômica; na sequência, a agricultura de precisão com 70%; e, por fim, uso de drones com 61%. A utilização de robôs não foi citada pelos entrevistados.
“O agronegócio cresceu nas últimas décadas com ampla disponibilidade de mão de obra, algo que não estará presente daqui para frente para o setor. Por isso, a oportunidade de avanço da automação será fundamental para o contínuo crescimento da indústria”, analisa a sócia líder de agronegócio da KPMG, Giovana Araújo.
Biocombustíveis em amadurecimento na indústria:
Em relação ao uso de biocombustíveis em máquinas agrícolas, a pesquisa mostrou uma visão otimista dos produtores e cooperativados para os próximos anos. Cerca de 84% deles acreditam na expansão entre moderada e forte do biodiesel e 79% têm a mesma opinião em relação ao uso do diesel verde (HVO). Já sobre o biometano, as opiniões ficaram divididas da seguinte forma: 56% esperam a expansão moderada e forte e 44% dizem que será um mercado de nicho.
“A pesquisa revela um otimismo contagiante entre os produtores rurais e cooperativas em relação ao futuro dos biocombustíveis. Essa visão positiva reforça o papel crucial dos biocombustíveis na descarbonização do agronegócio e na construção de um futuro mais sustentável para o campo brasileiro”, complementa Daniel Zacher, mentor Agro e conselheiro SAE BRASIL.