Mercado

José Pessoa não acredita em crise e se diz otimista

“Apesar do estoque de álcool hoje ser elevado (2 bilhões de litros), o mercado interno está crescendo e as projeções dos negócios externos são muito boas, levando a crer que o setor não enfrentará problemas”, afirma José Pessoa Queiroz Bisneto, presidente do Grupo J. Pessoa. No caso do açúcar, com um estoque acima de 1,4 milhão de toneladas, ele afirma que os negócios externos vão comprovar demanda para o que existe estocado e o que será produzir na safra 2004/05.

O presidente do grupo sucroalcooleiro, formado por sete usinas, uma em Sergipe (Seragro), uma em Minas Gerais (Santana), duas em Mato Grosso do Sul (Santa Olinda e Debrasa), uma no Rio de Janeiro (Santa Cruz), e outras duas em São Paulo (Benálcool e Sanagro), a safra na região Centro-Sul deveria voltar este ano a ser iniciada em maio. “Não há motivos para começar a safra entre março e abril, como aconteceu no ano passado, nem mesmo para qualquer polêmica sobre adiar ou não a safra”, afirma José Pessoa.

Para o empresário, as projeções internacionais não oferecem motivos para se falar em crise. “Pela primeira vez a Índia vai produzir açúcar abaixo do que consome, a União Européia prevê queda na safra de açúcar e, internamente, acredito, no caso do álcool, até o final de abril os estoques de passagem devem esta muito baixos, o que presume necessidade de produção e não superoferta com o início da safra 2004/05”, acrescentou.