A joint venture entre a Cosan e a Shell criará uma empresa com faturamento anual estimado em R$ 40 bilhões, conforme informou hoje o presidente do Conselho de Administração do grupo sucroalcooleiro, Rubens Ometto.
De acordo com o executivo, a empresa resultante ficará entre as 15 maiores companhias do país. Sem dar muitas informações, ele informou que o controle será compartilhado, com 50% para cada parte. Os detalhes sobre governança corporativa ainda devem ser fechados nos próximos 6 meses.
Apesar do aporte de US$ 1,625 bilhão da Shell no negócio, não haverá diluição dos acionistas minoritários da Cosan, conforme informaram os executivos da empresa.
A Cosan está colocando aproximadamente 70% de seu patrimônio líquido no negócio. Com a conclusão da joint venture, 80% da ger! ação de caixa do grupo virá dessa parceria. Os 20% restantes virão dos ativos que não entraram na joint venture, como as operações de lubrificantes e logística da Cosan.
A nova companhia terá capacidade de produção anual de etanol de 2 bilhões de litros. O volume ainda ficará abaixo do consumo, superior a 3 bilhões de litros do combustível, na rede de postos resultante da parceria.
Em entrevista coletiva a jornalistas, Ometto disse que o negócio ajudará o Brasil a transformar o etanol em uma commodity mundial. Os executivos dizem ainda que não há previsão de “sobreposição relevante” de postos de combustíveis a partir da união.
Os ganhos com escala, eficiência e logística – que reduzirão os custos operacionais da empresa – foram colocados como os fatores que levaram a Cosan a fechar a parceria. “A Cosan vem sendo namorada por várias empresas. Nos casamos com a Shell porque ela é a melhor”, disse Ometto.