O candidato republicano John McCain indicou ontem que os Estados Unidos deveriam seguir a política de expansão dos veículos bicombustíveis (flex) do Brasil e atacou o apoio do democrata Barack Obama às barreiras contra o etanol brasileiro. Em discurso na Califórnia, McCain afirmou que todos os automóveis novos nos Estados Unidos deveriam ser flex. “O Brasil foi de 5% dos carros novos flex para 70%, em apenas três anos”, disse McCain. “Mas as mesmas montadoras que ajudaram o Brasil a fazer esta mudança dizem que vai demorar mais para fazer com que 50% dos novos veículos da América sejam flex.”
McCain afirmou que, caso eleito, vai fazer de tudo para que os veículos americanos passem a usar outros combustíveis além de petróleo.
McCain voltou a criticar duramente os subsídios ao etanol americano de milho e as barreiras contra o etanol brasileiro. “O etanol de milho, graças ao dinheiro e à influência de lobistas, é um exemplo clássico da lei das conseqüências não desejadas; nosso governo paga para subsidiar o etanol de milho ao mesmo tempo em que cobra tarifas que impedem que os consumidores se beneficiem de outros tipos de etanol, como o de cana-de-açúcar do Brasil”, disse.
A crítica de McCain tinha endereço certo. Seu rival democrata, Barack Obama, defende a manutenção dos subsídios para o milho e a tarifa sobre o combustível brasileiro.