Até 1993 as usinas Japungu e Agroval, em Santa Rita da Paraíba, na Paraíba, não tinham o que se pode considerar crucial para bons resultados da safra: estabilidade de chuvas. Para vencer as variações para até 50% da média histórica de precipitação pluviométrica, as duas empresas, que ocupam 22 mil hectares, resolveram investir em irrigação para combater o problema.
Depois de quatro anos, como revela o diretor agrícola José Bolívar de Melo Neto, descobriu-se que a decisão precisava ser ampliada com programas de armazenamento de água. Hoje, com duas barragens com capacidade, juntas, para 10 milhões de metros cúbicos, e pivôs de irrigação e aspersão convencional, as duas usinas comemoram a conquista de três fatores fundamentais: estabilidade da safra, longevidade da cana e produtividade.
Se nos canaviais das duas usinas a longevidade da cana não ultrapassava 3 cortes, já está atingindo 5 cortes, enquanto a produtividade tem registrado ganhos anuais de quase 15%, assegurando safras estabilizadas na produção.
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No município de Campo Alegre, em Alagoas, a Usina Porto Rico demonstra que investimentos em mecanização agrícola são fundamentais para garantir níveis de competitividade. Nos 19 mil hectares de cana, 95% estão mecanizados do preparo do solo, adubação até a aplicação de herbicidas, e o gerente de mecanização, Aldo Goulart, admite que esse tipo de investimento tem garantido um ganho próximo a 20% na produtividade.
A nova fase de busca de melhoria nos números da produção do campo passa agora pela implantação de um projeto de irrigação. Há três anos a usina começou a colocar em funcionamento pivôs que já totalizam 21 e estão melhorando sensivelmente a produtividade, atualmente próxima a 60 toneladas por hectares, mas com expectativa de atingir 70 toneladas (média nacional) a partir do próximo ano.
Para a safra que começa neste mês, a Porto Rico destinou mais de R$ 1 milhão para a compra de 4 novos pivôs e construção de canais de irrigação.
