Mercado

Japoneses não têm interesse em comprar álcool do Brasil

O professor da Faculdade Internacional de Economia do Japão Keiichi Yamazaki esteve esta semana no Recife para dar uma palestra, na Fiepe, sobre as novas tendências de mercado entre o Brasil e a nação nipônica. Pernambuco, que poderia se beneficiar do Tratado de Kyoto – que prevê a redução da emissão de gases poluentes –, por meio da pauta de exportação do álcool àquele país, na análise do professor, dificilmente conseguirá avançar neste quesito. Isto porque Yamazaki informa que o Japão está batalhando para baratear a tecnologia de carros elétricos, em substituição aos movidos à gasolina.

“Mesmo com a legislação japonesa permitindo a adição de 3% de álcool na gasolina, este produto não interessa aos empresários japoneses. Isso porque a utilização deste combustível exige investimentos caros para um período de transição. O objetivo maior é a bateria combustível”, informou o professor.

De qualquer forma, Yamazaki disse que há perspectiva de que as relações Brasil-Japão vão se expandir nos próximos anos, mas para isso é necessário que os brasileiros estudem as tendências de consumo dos japoneses para aumentar as chances de negócio. Atualmente, o Japão é o sétimo país de destino dos produtos brasileiros, representando uma participação de 0,8% na pauta de importação nipônica. Soja, frango e suco de laranja são os principais produtos exportados pelo Brasil.