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Japão pretende implantar mistura a partir de abril

O Japão pretende implantar a partir de abril de 2004 as primeiras bombas de combustível E 3 – gasolina com 3% de álcool. O País pretende misturar iinicialmente 3% de álcool na gasolina, o que representaria 1,8 bilhão de litros/ano. “O Japão tem interesse de comprar álcool do Brasil com contratos de longo prazo mas pode caminhar para ´joyn ventures´. A princípio o consumidor japonês terá a opção de abastecer com o novo combustível porque ainda não foi regulamentado. Estimo que em 2007/2008 a mistura deverá estar distribuída em 10 mil postos”, explica Kenji Kawano, presidente da Consultoria Kenbridge Research Institute.

A empresa foi contratada pelo governo japonês para pesquisar a produção de açúcar e álcool no Brasil. “O governo do Japão tem interesse em recolher dados e iinformações sobre as regiões com potencial para o fornecimento de etanol para o País para que possa decidir sobre a regulamentação da mistura de álcool na gasolina em dois ou três anos”, diz.

Segundo ele, com a ratificação do Protocolo de Kyoto o governo terá que entrar com incentivo fiscal. “Hoje a gasolina é isenta de imposto no País”.

Para Kawano a mistura provocará mudanças nos preços. “Estudos avaliam um aumento de 17 % no custo do produto com a mistura de 3% de etanol”, garante.

A pesquisa está acontecendo desde setembro e Kawano já visitou o estado de São Paulo, o Nordeste e o Paraná. “O álcool poderá ser embarcado para o Japão por pelo menos quatro ou cinco cidades litorâneas”.

Para Kawano, a não ratificação do Protocolo de Kyoto por parte da Rússia seria o único empecilho para a rápida adoção da mistura no País. “Com a não ratificação o Japão compraria menos etanol. A ratificação permitiria a obrigatoriedade da mistura e o processo seria mais rápido”, lembra.

Na opinião dele este acordo é fundamental para a formação de estoques e garantia de fornecimento para os dois países.