Nesta segunda, durante a solenidade de inauguração de oito termoelétricas de biomassa de cana, dirigindo-se ao Presidente da República, o presidente da Unica, Marcos Jank, fez uma reflexão sobre as diferenças profundas entre o setor “sucroacooleiro” quando Lula tomou posse em 2003 e o setor “sucroenergético” de hoje.
Segundo ele, a produção de açúcar no mesmo período cresceu 70%, de 23 para 38,5 millhões de toneladas anuais, enquanto a produção de etanol mais que dobrou, passando de 13 para 29 bilhões de litros. As exportações de açúcar e etanol também cresceram fortemente, de US$2,1 bilhões em 2003 para US 12 bilhões em 2010.
“Em 2003 foi lançado o primeiro carro flex, e hoje são mais de 11 milhões de veículos bicombustíveis, a maior frota flex do planeta,” completou o presidente da UNICA.
Jank também citou três conquistas fundamentais durante o governo Lula: o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar, que garante a futura expansão da cana com desmatamento zero; o Compromisso Nacional pelo Aperfeiçoamento do Trabalho na Cana-de-Açucar, inédito acordo tripartite reunindo governo, empesários e trabalhadores na adoção de melhores práticas trabalhistas vigentes no setor; e, por fim, o esforço pela internacionalização do etanol, questão sempre fortemente apoiada pelo presidente Lula.
“É fundamental recordar a sua persistência e esforço pessoal nessa batalha, ao levar a bandeira do etanol para os quatro cantos do mundo, colocando os biocombustíveis como elemento cetral da política comercial e mesmo da política externa brasileira,” lembrou o presidente da UNICA.
Nesse contexto, Jank citou o reconhecimento da agência de proteção ambiental dos Estados Unidos, a EPA, que deu ao etanol de cana a designação de “biocombustível avançado,” e a real possibilidade de eliminação da elevada tarifa imposta pelos EUA ao etanol importado, algo que tira a competitividade do biocombustível brasileiro no mercado americano.
Após mencionar iniciativas como o Projeto RenovAção, que está requalificando anualmente até 7 mil trabalhadores que perderão seus empregos como cortadores de cana, Jank encerrou parabenizando todos os responsáveis pelo notável avanço do setor sucroenergético dos últimos anos: “Isto só foi possível porque contamos com trabalhadores, empresários e governantes competentes, como os que aqui se encontram, dando mais um passo para tornar o Brasil exemplo de inovação do mundo pós-petróleo e da economia de baixo carbono do Século 21.”