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Itália deve investir em biocombustível na AL

Companhias italianas devem investir em biocombustíveis na América Latina, já que o continente está em primeiro plano na expansão desse setor, afirmou ontem o diretor-geral para energia do Ministério do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini.

O governo italiano “está trabalhando no estabelecimento de iniciativas para que companhias [italianas]” se unam a empresas da América Latina, especialmente brasileiras, pois os biocombustíveis representam um papel maior no setor de energia da região, segundo Clini. O governo do país europeu busca fomentar parcerias principalmente entre companhias italianas e brasileiras.

Os biocombustíveis representarão entre 25% e 30% do consumo total de combustíveis no mundo para transporte nos próximos 20 anos, afirmou Clini, em conferência realizada em Roma. Como os preços do petróleo se mantiveram elevados, sem perspectivas de redução num curto espaço de tempo, e os governos lançaram medidas para impulsionar tipos de energia limpa, mais favoráveis ao meio ambiente, os biocombustíveis se tornaram mais populares.

Clini acrescentou que é importante unir-se à experiência desenvolvida por países da América Latina. Ele lembrou que há evidências de uma segunda geração da tecnologia sendo desenvolvida. Como exemplo, Clini citou que o crescimento da biomassa para desenvolver biocombustíveis foi um passo “significativo” na direção correta. O diretor-geral do ministério italiano também destacou a recompensa financeira de tais investimentos, pois o ministério registra retorno de até dez vezes os gastos iniciais em fontes renováveis de energia na América Latina.