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Investidores chineses querem investir em ferrovias no Brasil

Empresários chineses estão em contato com concessionárias de ferrovias no Brasil visando o estabelecimento de parcerias na construção de vagões, locomotivas e, inclusive, novas ferrovias, no país. A informação é do presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil/China, Charles A.Tang.

O executivo confirmou informação dada pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Amauri Dimarzio, sobre o interesse da China em fornecer equipamentos ferroviários e empresas de engenharia chinesas participarem do processo de aumento da logística de transporte ferroviário no Brasil, que ele considera, como “brasileiro de profissão”, essencial para o país.

Ele revelou que há negociações em curso envolvendo pessoas e empresas que estão desenvolvendo projetos de saída para o Pacífico, que significariam economia em torno de 1/3 do frete e da distância para tornar os produtos agrícolas, carro-chefe das exportações do Brasil, bem mais competitivos para o mercado chinês e o mercado asiático em geral.

Assim, em função do elevado nível de reservas internacionais, que chegam hoje perto dos US$ 500 bilhões, a China teria todo o interesse de estudar os projetos das concessionárias brasileiras para participar junto com elas dos investimentos em infra-estrutura de ferrovias, disse. Complementou que o governo chinês, inclusive, encoraja as empresas chinesas de maior experiência internacional a investir fora da China.

Charles Tang destacou, entretanto, que caberá não à China, mas às empresas e ao governo brasileiro desenvolver e apresentar os projetos a serem implementados, com vistas a uma futura parceria. Desde que haja algum projeto definitivo do lado brasileiro, Tang acredita que em maio próximo já poderá ser assinado algum protocolo de intenção para investimentos em ferrovias no Brasil, durante a visita oficial que o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará à China. O financiamento chinês seria pago por meio de produtos agrícolas, como soja e álcool, afirmou Tang. (Fonte: Agência Brasil)