O litro do etanol já pode ser encontrado em Araçatuba nas bombas dos postos de combustíveis por R$ 1,72. Durante a tarde de ontem (16), a reportagem percorreu cerca de 12 postos da cidade e notou que o preço do álcool está girando entre R$ 172 e R$ 1,79.
A redução é significativa, já que no início do mês passado o preço do litro era vendido na cidade entre R$ 2,02 e R$ 2,10. A queda foi de aproximadamente 14%. Os preços têm variação de acordo com a identificação do posto, que pode ser bandeirado ou não.
O empresário Danilo Ceshi, 28 anos, dono de um posto de combustíveis da cidade, está vendendo o litro de etanol a R$ 1,73. Ele disse que a queda do produto aumenta o número de clientes, mas não significa maior lucro para o posto. “Acaba que, no começo, quando você abaixa, dá lucro. Mas depois todos abaixam e o registro de vendas acaba voltando ao normal”, afirmou.
De acordo com presidente regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), Miguel Rodrigues de Araújo Filho, a redução já era esperada. Ele explicou que, com o início da safra das usinas na produção de cana-de-açúcar na região, aumenta a oferta pelo produto e, consequentemente, o preço cai.
“A situação do etanol é quase sempre a mesma. É instável. A safra começou no início de abril e, como aumentou a oferta, o preço cai e os donos dos postos repassam isso ao consumidor também”, disse.
Gasolina
A oscilação no preço do etanol não interfere no preço da gasolina, que continua sendo vendida na cidade na casa dos R$ 3. Filho explicou que a estabilidade do preço da gasolina acontece porque é o governo federal quem regula a venda do produto. Já com o etanol, a distribuição vem das usinas. “Não tem um regulador e isso acaba fazendo com que o etanol não tenha um preço definido nunca”.
O sindicalista disse que o preço do combustível não deve cair mais, a não ser que haja uma “guerra de preços” entre donos de postos de bandeira branca ou comuns. “O mercado não aponta para isso (redução maior do etanol), mas quando acontece a guerra de preços, os donos não visam prejuízo, não há como prever. Pode acontecer de tudo”, finalizou.
(Fonte: O Liberal Regional – Araçatuba/SP)