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INICIALMENTE, O CORCEL II (ALTO) FOI O MODELO QUE MELHOR SE ADAPTOU AO USO DO ÁLCOOL. EMBAIXO, UMA BRASÍLIA É TESTADA CO

A euforia durou até o fim da década de 80, quando mais de 80% dos veículos saíam da fábrica embalados pelo álcool. Alguns tiveram apenas esta opção, como o Fiat Oggi, fabricado de 1983 a 1985, mas, com o fim da década, veio a crise.

Em 1989, a alta do preço do açúcar no mercado internacional fez os usineiros direcionarem o refino à exportação, deixando os postos à míngua. Na entressafra, proprietários da enorme frota de carros a álcool enfrentavam longas filas na busca do combustível e viam o valor de seus carros em vertiginosa queda, enquanto modelos movidos a gasolina eram novamente valorizados.

Os fabricantes deixaram de investir no álcool e o combustível que fora visto como alternativa do futuro (e a grande chance do Brasil tornar-se matriz enérgica mundial) caiu no ostracismo. A produção de carros a álcool quase acabou.

A redenção veio em março de 2003, quando o lançamento do Gol 1.6 Total Flex roubou a cena na festa dos 50 anos da Volkswagen. A partir de então, o álcool voltou ao estrelato, com vantagens. Agora, se o preço disparar ou houver crise de abastecimento, o consumidor pode utilizar gasolina à vontade. Os modelos bicombustíveis são quase totalidade nas concessionárias dos grandes fabricantes, e mesmo empresas com menos tempo de mercado já aderiram à tecnologia.

O mundo também está de olho no álcool. O E85, mistura de 85% etanol com 15% de gasolina, já abastece modelos nos Estados Unidos e Europa. No Brasil, crescem as opções de modelos triflex, que podem rodar com os derivados da cana e do petróleo, além de GNV.