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Informativo de Usina do PR mostra processo de fabricação de açúcar

A Fábrica de açúcar é a Nona fase da cadeia de produção de cana-de-açúcar, apresentado no informativo mensal da Sabarálcool. Nesta etapa, o xarope proveniente da evaporação é enviado para a caixa de xarope da Fábrica de Açúcar através de tubulações e na seqüência transferido para o cozedor (vácuo), onde é concentrado até atingir em torno de 80º Brix de concentração, ou seja, de cada 100 gramas de xarope 80 gramas será de sólidos (açúcar, açúcar redutor – AR e não açúcares) contidos na solução. “Esse Brix e a pureza em 84º, bem como a temperatura de trabalho do cozedor à vácuo em 65º Celsius é o ponto no qual a água não consegue mais dissolver a sacarose contida na solução, coeficiente de supersaturação ou ponto a fio, tornando-se o momento ideal para aplicação da semente (solução de 2 litros de álcool hidratado para 1 Kg. de açúcar). A semente na proporção de aproximadamente 120 mililitros para cada 100 hectolitros de massa arriada serve para definir uma padronização do tamanho dos cristais”, explica o Gerente Industrial da unidade Filial, Almir Lopes Pinto.

Lopes explica ainda que após a adição da semente ao xarope de 80º Brix é iniciado o crescimento do cristal, sendo feitas adições de xarope da evaporação a fim de aumentar o tamanho do cristal dentro do cozedor (vácuo) até que o volume de massa alcance o desejado. Em seguida, o Cozedor de Açúcar fechará a alimentação do xarope, para que a massa cozida atinja o Brix ideal de 93º.

O próximo passo é transferir a massa cozida A do vácuo para o cristalizador e posteriormente para as centrífugas automáticas, sistema batelada, onde ocorrerá à separação do açúcar cristal, mel rico e pobre.

O açúcar cristal será direcionado para o Secador de Açúcar. Já o mel rico voltará para o processo de massa A e o mel pobre será trabalhado no cozimento de massa B, sendo que esse último tipo de massa resultará em um açúcar com cristais menores do que na massa A. Durante o processo de cozimento da massa B as condições de operação serão similares ao da massa A, utilizando-se todo o mel pobre gerado no sistema de cozimento. Após completar o vácuo, a massa B será transferida para um cristalizador separado da massa A, sendo direcionada a massa B para as centrífugas contínuas, resultante dessa etapa tem-se o magma e o mel final. “O magma será utilizado como pé de cozimento para a Massa A e o mel final direcionado para a fermentação para a produção de álcool”.

De acordo com o Supervisor de Produção Industrial da unidade Filial, Alexandro Pedroso, o mel final, que é um resíduo da fabricação do açúcar é enviado para destilaria para fabricação do álcool, que será diluído e irá para a fermentação fechar o ciclo, minimizar as perdas e aumentar a eficiência industrial.