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Industriais buscam solução para implantação de novas usinas no MT

O plano de zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, lançado em setembro de 2009, proíbe o plantio da cultura em 81,5% do território brasileiro, incluindo Amazônia, Pantanal e a região do Alto Rio Paraguai. Devido essa medida, a Companhia Energética Verde Norte (CEVN) reclama de não conseguir implantar de forma sustentável, a usina de açúcar, etanol e biodiesel, energia elétrica e de plásticos biodegradáveis, no município de Denise, há 211 quilômetros de Cuiabá, Mato Grosso.

Os responsáveis pela instalação da usina são os 32 sócios agricultores de pequeno e médio porte da CEVN de Denise. Com a instalação da usina no município, a Companhia Energética Verde Norte, pretende gerar mais de cinco mil empregos indiretos na região e mais de 1.200 diretos na cidade.

De acordo com o presidente da Companhia Energética Verde Norte, Ralf Kruger, a usina em Denise irá movimentar a economia, gerar emprego, desenvolvimento socioeconômico e qualidade de vida para a população local. “Esse é um empreendimento que vai gerar emprego e melhorar a vida da população dessa região”, afirmou.

Ele questiona o motivo de se proibir a instalação de usinas em Mato grosso. “As usinas irão trabalhar com tecnologias de forma sustentável, econômica e social visando à defesa do meio ambiente e à economia de energia”, enfatizou o presidente da CEVN.

Além disso, outra usina de álcool Cia Terra, localizada em Tangará da Serra (239 Km de Cuiabá), também busca uma solução para seu empreendimento, uma vez que a usina foi barrada no zoneamento da cana-de-açúcar.

O investimento da indústria na região promete gerar cerca de três mil empregos diretos e indiretos, diversificação da produção e aumento na arrecadação do município.

Segundo Ralf Kruger, o zoneamento proibiu o plantio da cana-de-açúcar nas regiões mais pobres do país, tais como, Centro-Oeste e Nordeste. “O zoneamento se coloca, nas entrelinhas, que essas regiões as mais pobres do Brasil estão proibidas de alcançar seu direito de se desenvolver e de gerar emprego. É um verdadeiro absurdo o que estão fazendo, proibindo o crescimento da lavoura de cana-de-açúcar, bem como o desenvolvimento econômico dessas regiões”, lembra Kruger.