Mercado

Indústria de etanol deve se consolidar em 2012

Nos próximos cinco anos a produção de etanol deve alcançar 70 bilhões de litros por ano, enquanto a de biodiesel chegará à escala anual de 10 bilhões de litros, é o que aponta o estudo realizado pela Accenture, empresa global de consultoria de gestão, tecnologia e outsourcing. Realizada a partir de análises em vinte países, incluindo o Brasil, a pesquisa revela que a corrida por recursos energéticos alternativos, os chamados biocombustíveis, resultará em uma indústria bem estruturada e com números significativos, já em 2012.

Segundo Guilherme Pinheiro, executivo responsável pela área de energia da Accenture para a América Latina, tal constatação vai ao encontro com a dinâmica atual do mercado, que busca fontes de energia com custo reduzido, que não causem danos ao meio ambiente. Sobretudo para as economias emergentes, as altas constantes do preço do petróleo e a conseqüente necessidade de uma fonte segura para o fornecimento de energia, aliadas a potencial valorização das práticas agrícolas são fatores decisivos para investir na produção de biocombustíveis.

A pesquisa sugere que as empresas que tiverem mais flexibilidade para firmar acordos com mercados locais em potencial incrementarão suas chances na indústria de biocombusíveis em 2012. Neste contexto, faz-se necessária, por exemplo, a aproximação do mercado de carros híbridos, bem como, estar alinhado às medidas adotadas por países com consumos de energia significativos como China, Índia, Japão e Estados Unidos, afirma Pinheiro

Além disso, outros dados apontados pelo estudo revelam que para obter sucesso neste mercado as empresas deverão ter uma cadeia de suprimentos globalizada, bem estruturada e de baixo custo; buscar regulamentações e políticas para agricultura para obtenção de energia por meio de fontes renováveis, incentivando uso do biocombustível; liderar ou estar conectado às novas tecnologias biogenéticas e agrícolas; e obter excelência na gestão de fornecedores, clientes e parceiros para acessar a novos mercados, compartilhar riscos e capturar demandas de longo prazo. (JB Online)