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Indústria cresce em 12 de 14 regiões, diz IBGE

Os resultados regionais da indústria em maio mostraram crescimento na produção em 12 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com igual mês do ano passado. A indústria paulista, puxada pelos bons desempenhos nos segmentos de automóveis, alimentos e informática, cresceu 6,7%.

Para essa pesquisa, não há dados comparativos com o mês anterior. André Macedo, técnico da coordenação de indústria, avalia que os dados regionais acompanham o movimento de recuperação da atividade no Brasil. Na semana passada, o IBGE divulgou um aumento de 4,8% na produção industrial brasileira em maio ante igual mês do ano passado.

Macedo destacou que os dados regionais foram amplamente positivos, já que grande parte das regiões pesquisadas apresentou crescimento no mês e muitos setores se expandiram no período. Nas regiões que elevaram a produção, as commodities, como minério de ferro e petróleo, influenciaram os resultados do Pará (17,9%), Minas Gerais (8,5%), Rio (4,3%) e Espírito Santo (5%), enquanto o mercado interno teve influência positiva em regiões que também apresentaram expansão, como São Paulo.

Macedo sublinhou o fato de maio deste ano ter um dia útil a mais do que o mesmo mês do ano passado, o que também impactou positivamente os resultados. Os desempenhos negativos no mês foram apurados no Rio Grande do Sul (-1,9%) e no Amazonas (-5,7%).

A indústria gaúcha apresentou a nona taxa negativa consecutiva, que Macedo atribui aos problemas no setor agrícola desde o ano passado e, ainda, à influência negativa do câmbio sobre o setor de calçados, seja pela dificuldade para exportar ou por causa da concorrência de similares importados. No Amazonas, a principal influência de queda foi dada pelos telefones celulares, cuja produção foi prejudicada pela greve na Receita Federal que se prolongou por todo o mês de maio e afetou especialmente as indústrias daquele Estado.

SÃO PAULO

Na indústria paulista, 15 das 20 atividades pesquisadas elevaram a produção em maio, com destaque para veículos automotores (16,2%), alimentos (15,1%) e máquinas para escritório e equipamentos de informática (55,9%). Já outros produtos químicos (-2,8%) e refino de petróleo e produção de álcool (-1,3%) tiveram os maiores impactos negativos.

No acumulado no ano, o aumento na produção no Estado foi de 4%. Nos últimos 12 meses, foi de 3%. Ainda no acumulado do ano, as principais contribuições positivas vieram de veículos automotores (9,6%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (18,0%). As maiores influências negativas neste indicador foram de produtos de metal (-5,7%) e têxtil (-2%).